
Um grupo denominado “Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e da Ordem Pública” anunciou, na tarde desta quarta-feira, 26 de novembro, a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, declarando ter assumido o “controlo total” da Guiné-Bissau.O comunicado, lido pelo brigadeiro-general Denis N’Canha, chefe do gabinete militar da Presidência, na sede do Estado-Maior do Exército em Bissau, informou ainda a suspensão do processo eleitoral, o encerramento das fronteiras terrestres e aéreas e a imposição de toque de recolher em todo o território nacional.Em declarações à revista Jeune Afrique, Embaló afirmou estar preso, tendo sido detido após a invasão do Palácio Presidencial por homens uniformizados por volta do meio-dia, enquanto se encontrava no gabinete.Também foram detidos o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Biague Na Ntan, o Vice-Chefe do Estado-Maior, general Mamadou Touré, e o Ministro do Interior, Botché Candé. Todos estariam a ser mantidos nas instalações do Estado-Maior, segundo o próprio Presidente.
A ação militar ocorre apenas três dias após as eleições presidenciais de 23 de novembro. Embaló reivindicou vitória com 65% dos votos, com base na sua própria contagem, enquanto os resultados oficiais seriam divulgados nesta quinta-feira. Nas últimas horas, tanto o campo do Presidente como o do seu principal adversário, Fernando Dias da Costa, reclamaram a vitória.
A votação decorreu de forma tranquila, mas sem a participação do principal opositor, Domingos Simões Pereira, impedido de concorrer. O PAIGC, partido que lidera, declarou apoio ao candidato Fernando Dias.
Fonte: Jeune Afrique
Por:PF



