
A artista Rosíndia Paz foi condenada pelo Tribunal da Comarca de Moçâmedes a oito meses de prisão com pena suspensa por dois anos, pelo crime de difamação e calúnia nas redes sociais, na sequência de um processo movido pelas cantoras Elice e Yolene Azinaida.De acordo com a sentença, além da pena suspensa, Rosíndia Paz deverá pagar uma indemnização de 100 mil kwanzas a cada uma das queixosas — Elizandra Cecília Alfredo (conhecida como Elice Cantora) e Yolene Azinaida Pinto António (Yolene Azinaida). A artista também foi condenada ao pagamento de 60 mil kwanzas referentes às custas processuais e despesas judiciais.A decisão foi tomada após apreciação de provas que, segundo o tribunal, confirmaram a prática do crime previsto e punível nos termos do Código Penal Angolano.
As ofendidas manifestaram-se satisfeitas com o desfecho, considerando o caso um marco na luta contra os abusos verbais e a exposição indevida da imagem de artistas e mulheres na esfera pública.
Após a condenação, Rosíndia Paz apresentou um pedido público de desculpas, reconhecendo os danos causados às colegas. Na nota de retratação, endereçada a Elice Cantora e Yolene Azinaida, a artista declarou:“Eu, Rosália Nambalo (Rosíndia Paz), venho por meio desta pedir desculpas pelos danos que causei à vossa imagem, tanto a nível pessoal quanto profissional, resultantes das publicações que realizei a partir do dia 29 de Dezembro de 2023 até à data da primeira audiência da instrução contraditória.
Conforme provado no Processo n.º 39/025, as minhas declarações foram consideradas caluniosas e difamatórias. Assim, quer por imposição do Tribunal quer por minha vontade pessoal de ultrapassar este problema e restaurar a verdade, faço aqui esta nota de desculpa pública, na esperança de que a mesma seja aceite na sua totalidade ou, pelo menos, que o dano causado seja mitigado.”A artista concluiu desejando “o maior sucesso pessoal e profissional” às ofendidas, afirmando esperar que o desfecho do processo traga “sossego e sentido de justiça” a ambas as partes.




Afinal os nossos tribunais trabalham mesmo, gostei de como terminanou este processo