
Líder religioso tem ganho notoriedade por supostas práticas de “libertação espiritual” que incluem actos de risco, violação da integridade física e coacção psicológica, levantando questões sobre os limites da liberdade religiosa.

Um pastor sul-africano tem sido alvo de atenção internacional devido aos métodos extremos que utiliza durante os seus cultos, incluindo a recente ordem para que um fiel ingerisse uma cobra viva. Os rituais, filmados e partilhados nas redes sociais, mostram ainda o líder religioso a montar sobre os membros da congregação como se de cavalos se tratassem, prática que especialistas em direitos humanos consideram degradante e potencialmente perigosa.

De acordo com testemunhas, este não é um caso isolado na igreja do referido pastor. Práticas anteriores incluíram ordens para que os fiéis arrancassem e ingerissem o próprio cabelo, comessem capim, ingerissem pedras ou se despissem em público, supostamente como parte de rituais de “libertação espiritual”. O pastor justifica estas acções com interpretações literais de passagens bíblicas, como a referência a “transformar pedras em pão”.

A situação tem levantado sérias questões sobre os limites da liberdade religiosa e a protecção dos direitos fundamentais. Apesar da natureza coerciva e perigosa destes rituais, as autoridades enfrentam o desafio de intervir num contexto em que os participantes aparentam consentir voluntariamente com as práticas. Especialistas em estudos religiosos alertam que estes métodos podem explorar a vulnerabilidade psicológica e socioeconómica dos fiéis.
Organizações de defesa dos direitos humanos na África do Sul começam a manifestar preocupação com a escalada destas práticas, defendendo que o consentimento não pode sobrepor-se à dignidade humana e à segurança física.
Fonte: Angorussia
Por: Joel Capembe



