
As cheias devastadoras que atingiram a ilha de Sumatra, na Indonésia, continuam a agravar o balanço de vítimas. Segundo o relatório mais recente da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), divulgado esta quarta-feira, o número de mortos subiu para 804, enquanto mais de 650 pessoas permanecem desaparecidas.
Centenas de milhares de residentes foram obrigados a abandonar as suas casas, face à destruição generalizada causada pelas chuvas intensas que marcaram a última semana de novembro.
Imagens divulgadas pelo canal Al Jazeera mostram cenários de completa devastação: casas destruídas, estradas intransitáveis, veículos arrastados pela corrente e vastas zonas urbanas submersas. O balanço anterior das autoridades apontava para 631 mortos, um número que aumentou drasticamente à medida que as equipas de resgate conseguiram aceder a áreas anteriormente isoladas.
Apesar da dimensão da tragédia que inclui centenas de feridos e danos massivos em infraestruturas, o Governo indonésio tem resistido à pressão crescente para declarar o estado de emergência.
Na história recente do país, essa medida só foi decretada em três ocasiões: o terramoto e tsunami de 1992, o tsunami de 2004 e a pandemia da Covid-19 em 2020.
Para já, a administração do Presidente Prabowo Subianto afirma dispor de recursos suficientes para lidar com a situação, embora continue a avaliar a necessidade de uma declaração oficial.
Enquanto isso, o Sri Lanka, país vizinho igualmente afetado pelas cheias, já declarou estado de emergência e solicitou apoio internacional para mitigar os danos.
Organizações como a Amnistia Internacional Indonésia defendem que a mesma posição deveria ser adotada pelo governo indonésio, para permitir uma mobilização mais rápida e coordenada de meios nacionais e internacionais.
As autoridades alertam que o desastre foi provocado pelo volume excepcional de precipitação que atingiu a região durante vários dias consecutivos, levando ao transbordo de rios e à inundação de vastas áreas residenciais.
Fonte: Al Jazeera
Por:PF



