
O Ministério dos Transportes lançou, esta sexta-feira (5), em Moçâmedes, o concurso público internacional para a concessão do Corredor do Namibe, que abrange a gestão, operação e manutenção do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM), bem como a exploração comercial do transporte ferroviário de carga.

O acto foi presidido pelo Secretário de Estado para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, que destacou a importância da modernização do corredor para desbloquear o potencial produtivo das regiões que atravessa. Sublinhou ainda que o modelo de concessão permitirá aumentar a capacidade operacional do CFM, reduzir custos logísticos e tornar o corredor mais competitivo no escoamento da produção agrícola e mineira.

A concessão prevê a operação, manutenção e expansão da linha Moçâmedes–Menongue, incluindo oficinas, centros de formação, terminais e ramais logísticos. Embora o Estado mantenha a titularidade da infraestrutura, a responsabilidade pela sua eficiência, investimento e desempenho passa para o operador privado.

Trata-se de um eixo ferroviário estruturante, com cerca de 855 km, que liga o Porto do Namibe ao Lubango, Arimba, Cuchi e Menongue, conectando três províncias com elevado potencial mineiro, agrícola e industrial: Namibe, Huíla e Cuando Cubango.
O corredor tem capacidade para movimentar até cinco milhões de toneladas por ano e possui perspectivas de interligação com as repúblicas da Zâmbia e da Namíbia.



