A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, revelou que Angola passou de 300 para mais de 3.300 unidades de saúde em 50 anos de independência, num balanço que demonstra a transformação do setor. O país registou igualmente avanços significativos na redução da mortalidade infantil e materna, além do reforço massivo de profissionais de saúde.
Num balanço realizado no âmbito das celebrações dos 50 anos da independência nacional, a ministra da Saúde destacou que o sector registou progressos notáveis desde 1975, quando o país contava apenas com 19 médicos e cerca de 300 unidades sanitárias. Sílvia Lutucuta sublinhou que, após o período de guerra civil, o sector enfrentou enormes desafios, incluindo a destruição de infraestruturas e a necessidade de improvisar unidades de saúde em residências e outros espaços.
O período pós-2002 marcou o início da reconstrução, com investimentos significativos que permitiram aumentar de 2.612 unidades em 2017 para as atuais 3.355 unidades sanitárias. A governante atribuiu este crescimento aos programas de investimento público, incluindo o PIIM e o PIP, que permitiram a construção de postos de saúde, centros de saúde e hospitais municipais em todo o território nacional.
No capítulo dos recursos humanos, foram admitidos 46.649 profissionais desde 2017, com mais de 80% destinados aos cuidados primários. Paralelamente, está em curso um programa de formação financiado pelo Banco Mundial no valor de 200 milhões de dólares, que visa especializar 38 mil profissionais de saúde até 2028, incluindo a formação de mais de 1.600 médicos especialistas e 2.000 técnicos de saúde.
Os indicadores de saúde reflectem estes avanços: a mortalidade materna reduziu de 239 para 170 por 100.000 nados-vivos, a mortalidade infantil baixou de 44 para 32 por cada 1.000 nados-vivos, e a esperança de vida subiu para 64 anos. A taxa de fecundidade também registou uma quebra significativa, passando de 6.2 para 4.8 filhos por mulher, indicando melhorias nos níveis de educação e planeamento familiar.
Fonte: Jornal O País
Por: Joel Capembe
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