
Trabalhadoras do sexo no Zango, município de Calumbo, em Icolo e Bengo, estão a utilizar sacos plásticos como alternativa a preservativos devido à escassez nacional de meios de prevenção.
A denúncia foi feita por António Coelho, presidente da ANASO, durante o programa Capital Central da Rádio Correio da Kianda.
Segundo o responsável, a situação é “extremamente perigosa” e resulta de sucessivas rupturas de stock, atrasos na distribuição e falta de financiamento estatal. A crise surge justamente no período das campanhas do Dia Mundial da Sida, quando a procura deveria ser acompanhada por reforço de insumos.
Coelho sublinhou que a falta de preservativos e testes rápidos impede campanhas massivas de prevenção e aumenta o risco de infecções, sobretudo entre populações-chave.
O Plano Estratégico Nacional de Combate ao VIH 2023–2030 prevê um orçamento de 700 milhões de dólares, mas o Estado contribui apenas com 24%, deixando o país dependente de parceiros internacionais cuja cobertura é limitada.
A ANASO alerta que, sem medidas urgentes, Angola poderá enfrentar um aumento de novas infecções, sobretudo entre jovens e trabalhadoras do sexo que dependem de serviços comunitários para acesso à prevenção.
Fonte: Correio da Kianda
Por: PF



