
Em declarações feitas durante uma transmissão televisiva, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, referiu-se a imigrantes somalis como “lixo”, num discurso que rapidamente gerou uma onda de condenação nacional e internacional. O episódio, marcou um dos momentos mais controversos do seu mandato, reacendendo debates sobre xenofobia e a retórica utilizada pela mais alta autoridade do país.
De acordo com a cobertura da revista People, o Presidente Trump não se limitou ao termo pejorativo, expandindo a sua crítica com alegações de que este grupo estaria a “importar extremismo” e a constituir uma “ameaça à segurança nacional”. A fala foi enquadrada numa crítica mais ampla às políticas de imigração dos seus predecessores e às actuais leis de asilo.
A reação foi imediata. Líderes da oposição no Congresso, organizações de direitos humanos e a própria Embaixada da Somália nos EUA emitiram notas formais de repúdio, classificando as declarações como “perigosas, desumanizantes e irresponsáveis”. Diversos comentadores políticos destacaram a gravidade de um chefe de Estado utilizar tal linguagem, alertando para o risco de legitimar a violência e o preconceito.
Internacionalmente, aliados tradicionais dos EUA expressaram consternação privada e pública. A controvérsia ocorre num contexto geopolítico sensível, onde a imagem e a credibilidade moral dos Estados Unidos no palco mundial estão sob escrutínio.
Este episódio ilustra a continuidade da sua retórica divisiva, agora amplificada pelo poder do cargo, e coloca questões urgentes sobre o impacto da linguagem presidencial na coesão social nacional e nas relações diplomáticas dos Estados Unidos.
Fonte: Revista People
Por: Joel Capembe



