
Mais de 62 civis foram brutalmente assassinados na província de Ituri, no leste da República Democrática do Congo, num ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo armado ligado ao Estado Islâmico.
A ofensiva, considerada uma das mais letais dos últimos meses, gerou comoção nacional e reacendeu o debate sobre a eficácia da presença militar na região.
Segundo autoridades locais e fontes da sociedade civil, os rebeldes invadiram vilarejos de forma coordenada, utilizando armas brancas e de fogo, deixando um rastro de destruição e pânico entre as comunidades.
O massacre ocorre num momento em que as ADF enfrentam crescente pressão militar das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e do Exército do Uganda, numa operação conjunta que visa desmantelar o grupo extremista responsável por centenas de mortes ao longo da última década.
Organizações da sociedade civil e membros da oposição pedem ao Governo congolês que decrete uma cerimônia nacional de luto em homenagem às vítimas e que reforce as medidas de proteção nas zonas afetadas pelo conflito.
“A dor do povo de Ituri é a dor de toda a nação. Precisamos de um momento de memória, mas também de ações concretas que ponham fim a esta barbárie”, declarou um representante da Igreja Católica local.
Enquanto isso, as forças conjuntas continuam a operação militar nas regiões montanhosas de Ituri e Kivu do Norte, onde acredita-se que os principais redutos das ADF estejam escondidos.
Fonte: Agências internacionais / Autoridades locais da RDC