
Cerca de 27% das adolescentes angolanas, com idades entre os 15 e 19 anos, já estiveram grávidas pelo menos uma vez, segundo os dados preliminares do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS 2023–2024), apresentados recentemente.
Apesar de representar uma redução de 8% em relação ao último inquérito (IIMS 2015–2016), quando a taxa era de 35%, os números ainda preocupam especialistas, sobretudo pelo impacto social e económico que a gravidez precoce acarreta.
A pesquisa revela ainda que 21% das adolescentes já tiveram um filho nascido vivo, enquanto 2% relataram ter tido um nado-morto. A prevalência é significativamente maior nas zonas rurais (43%) comparada às áreas urbanas (20%).
O Kwanza-Sul lidera como a província com o maior índice de gravidez adolescente (51%), enquanto Luanda apresenta o valor mais baixo, com 14%.
Estes dados reforçam a necessidade de reforçar políticas públicas de educação sexual, acesso à saúde reprodutiva e combate ao abandono escolar, especialmente no meio rural.
Fonte: Novo jornal
Por:Joel Capembe